Projeto QuilomBOX

                                                                 Anistia Internacional                                             logocrp

Inspiradas e estimuladas pelo Projeto QuilomBOX, da Anistia Internacional, o Coletivo Rosa Parks realizou no ano de 2019 um conjunto de

cinco Oficinas QuilomBOX na cidade de Goiânia - Goiás.

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logocrp1ª Ação/Oficina: Corpo e Movimento.

Oficineira: Camila Ribeiro Moraes - Local: Organização Negra e Periférica  Carolina Maria de Jesus (ONEP)

Relatório: O relatório ora apresentado, refere-se à ação realizada com a coletânea QuilomBOX a partir do eixo temático “Corpo e Movimento”. A escolha deste eixo, por sua vez, esteve vinculada às minhas proximidades com a área, visto que minha graduação é em Licenciatura em Dança tendo como enfoque de pesquisa/estudo/atuação as danças de matrizes africanas e seus possíveis intercâmbios/diálogos.

Assim, dentro do eixo temático “Corpo e Movimento”, veio mais especificamente a seleção da “Orô dance” que se destaca como uma metodologia de oficina de danças afro-brasileiras com localidade na cidade de Salvador. O objetivo principal é levar as raízes do povo negro por meio da dança, propondo a “Oficina ritmos” que poderá envolver o funk, o pagode baiano, o jazz, samba-reggae, afromatriz, kuduro e outros, com 60 minutos de oficina.

Optei por realizar uma adaptação desta proposta, tendo a mesma como uma ferramenta de apoio e um recurso auxiliar para a construção da ação. Planejei, deste modo, oferecer uma “Vivência em dança afro-brasileira” tendo como objetivo principal trabalhar elementos da cultura afro-brasileira por meio da dança, do movimento e do corpo, dando ênfase a ancestralidade e a educação artística. Esta, que compôs a programação do VIII Domingo Negro promovido pela Organização Negra e Periférica (ONEP) Carolina Maria de Jesus, uma articulação formada por jovens negros e negras das favelas planas de Goiânia e região metropolitana.

A vivência teve caráter teórico-prático pois visava o diálogo antes, durante e/ou após a vivência, acerca da própria experiência. Iniciei me apresentando e compartilhando a proposta, de onde ela partia e pontuando que se baseava muito no candomblé. O procedimento metodológico abrangia: 1) iniciar com princípios ligados à consciência/organização/alinhamento corporal; 2) preparar o corpo para a dança, via exercícios de alongamento/flexibilidade/aquecimento e de trazer atenção, além de promover interação/relação entre os/as participantes; 3) por fim, trazer elementos e técnicas base da dança dos orixás em uma abordagem contemporânea de dança.

Neste último momento, pude trazer a noção do pulso/acento que é fundamental para a dança dos orixás, a realização dos movimentos na base média com a flexão dos joelhos e o ijexá, uma movimentação e ritmo muito presente no candomblé. Assim, pudemos experimentar esses conteúdos no corpo e conversar sobre os mesmos durante a vivência: algumas pessoas compartilhavam suas percepções, o quanto aquilo era algo novo para a maioria deles/as, as descobertas com/no corpo que estavam tendo durante o processo, os estranhamentos iniciais de mover o corpo a partir de uma outra perspectiva, dentre outras considerações.

Ao final, dançamos uma breve sequência construída a partir das movimentações que experimentamos ao longo da vivência, sendo que nela havia também um espaço/trecho para que cada participante pudesse improvisar e criar o seu próprio movimento. Tal momento, esteve um pouco prejudicado pois não foi possível uma maior exploração e aprofundamento devido a contratempos do dia/evento. Assim, a vivência que estava prevista/planejada para 60 minutos de duração, teve em média 40 minutos. Finalizei agradecendo a disponibilidade e participação de todos/as ali presentes na vivência. Infelizmente, poucos registros foram feitos da ação.

Iniciando a vivência

Quilombox

Fonte: Arquivo da ONEP (2019)

 

Trazendo princípios de alinhamento corporal

Quilombox

Fonte: Arquivo da ONEP (2019)

 

 

logocrp2ª Ação/Oficina: Criminalização da Cultura de Rua.

Oficineira: Verciane Gomes da Silva - Local: Organização Negra e Periférica  Carolina Maria de Jesus (ONEP).

Relatório: No dia 19 de maio de 2019 em Goiânia, ocorreu o VIII Domingo Negro com o tema: Criminalização da Cultura de Rua, evento promovido pela Organização Negra e Periférica Carolina Maria de Jesus (ONEP), fora realizado uma intervenção inspirada no Quilombox, material cedido pela Anistia Internacional para campanha Jovem Negro Vivo. O Coletivo Rosa Parks, realizou a campanha: Vacine-se contra o racismo. Fora elaborado um varal expositivo com os principais dados de saúde da população negra, bem como conceitos como: Necropolítica, Racismo Institucional, dentre outros, com intuito de mostrar como o racismo institucional na saúde afeta a população negra e periférica tanto a nível nacional, estadual e local.

Fora realizada uma fala explicativa da intervenção no evento, e em seguida um diálogo individualmente com cada participante do evento explicando os motivos de porque o racismo se configura como uma patologia social que nos atinge enquanto população e ao final a entrega das doses das vacina antirracismo, que simbolicamente representava a importância do movimento negro como estratégia para o combate e enfrentamento a todas as formas de racismo vigente em nossa sociedade, dentre elas o racismo no âmbito da saúde, compreendendo também a importância de espaços como o evento citado na promoção da saúde da população negra.  Outro aspecto a ser mencionado é a importância da descentralização das pesquisas e estudos voltados à temática étnico-racial, e o direcionamento destes para outros espaços sociais, como periferias, escolas e etc. Importante também ressaltar a relevância da articulação do Coletivo Rosa Parks com outras organizações negras, que pautam o combate ao racismo e suas interseccionalidades, como forma de potencializar estes espaços e contribuir para troca e construção do conhecimento coletivo.

Registro Fotográfico da intervenção realizada na Organização Negra e Periférica Carolina Maria de Jesus (ONEP).

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logocrp3ª Ação/Oficina: CRESPO - UM OLHAR SOBRE O CORPO NEGRO.

Oficineira: Sara França Eugênia - Local: Escola Estadual Bandeirantes.

OBJETIVO: Propiciar um momento de reflexão com os alunos acerca de padrões estéticos, representatividade, corpo negro e identificação.

ABERTURA: Descontração e Apresentação através de dinâmica de grupo e trabalho de corpo.

DESENVOLVIMENTO: 

  • Andando no espaço
    • Percepção de espaço
    • Percepção corporal
    • Percepção dos demais 
  • Análise de Fotografias “Brancas”
    • Percepção de padrões estéticos
    • Reflexões sobre “beleza”
    • Representatividade

RELATO: Foram apresentadas aos alunos as fotografias de pessoas brancas em capas de revista e propagandas, expostas no chão, aos pés de cada um. Uma fotografia para cada. De imediato algumas reivindicações foram feitas acerca de só terem pessoas brancas. Foi solicitado que andassem pelo espaço percebendo as fotos espalhadas e observando o que sentiam em relação a elas. 

  • Análise de Fotografias “Negras”
    • Análise sobre pertencimento
    • Representatividade
    • Reconhecimento
    • Estética negra 

RELATO: Foi solicitado aos alunos que virassem o verso das fotos que estavam no chão. No verso de cada uma das fotos “brancas” foram colocadas as mesmas fotos ou fotos parecidas com pessoas negras. Assim que fizeram o que foi pedido os alunos demonstraram verbalmente sua aprovação com aquelas imagens e uma certa felicidade por se reconhecerem e por verem mais diversidade.

Diálogo: Momento reservado ao compartilhamento das impressões de cada aluno sobre as dinâmicas anteriores, situações percebidas, sensações despertadas e etc.

RELATO: Depois das experiências visuais foi feito um momento de diálogo com os alunos para que pudessem compartilhar o que sentiram em cada um dos momentos e reflexões que possam ter tido com a experiência.

IMPRESSÕES

Foi possível observar que durante a exibição das fotografias “brancas” os alunos de imediato reivindicaram mais representatividade nas imagens apresentadas. Contudo ainda de forma bem tímida e insegura. Com a apresentação das versões das mesmas fotografias com pessoas negras foi possível perceber uma satisfação pelo reconhecimento. Os alunos relataram através da discussão situações de exclusão, racismo e preconceito vividos pelos mesmos em função da cor de suas peles ou de seus estilos estéticos. Muitos relataram que ver negros em fotos de propaganda ou revistas gerou um sentimento de felicidade e orgulho. Sendo para eles muito bom se reconhecerem naquelas imagens. A estética negra foi então um pouco dissociada das ideias comumente transmitidas de inferioridade e marginalidade.

Exemplos de fotografias usadas durante a oficina:

sa  sar

 

 

logocrp4ª Ação/OficinaRESSIGNIFICAÇÕES DO CORPO NEGRO: EXPOSIÇÃO PRETO CORES.

Oficineira: Nutyelly Cena de Oliveira - Local: Vila Cultural Cora Coralina.

Relatório: As instituições museológicas ao falar de representação social dialogam com alguns conceitos, como identidade, memória e patrimônio. Pensando que essa memória é um enquadramento, uma reconstrução de um passado, e identidade ela se constrói no contato com o outro, e entendendo que patrimônio é uma operação de seleção, jogos de interesses e representação de algo que está dentro dos padrões. A inferiorização e subalternização dos negros e negras no Brasil é fruto das  consequências de um passado escravista, e a luta pela sobrevivência através de estratégias são  reivindicadas pela população negra no pós-escravidão, estas lutas que não foram consideradas  pelas políticas de memória brasileiras em favor da construção de uma memória política de um país. Essas relações operam nas instituições museológicas com esses conceitos, tendo em vista que os museus, enquanto espaços de poder e representação possuem um papel no processo para uma sociedade mais justa e democrática. Sendo assim, é necessário revisitar os museus, exposições e suas coleções com novas intenções expográficas e buscar ações que promovam visibilidades quando se trata da população negra, para que dessa forma, cria-se ações, estratégias e exposições que nos evidenciam enquanto parte da sociedade, e não mais invisíveis e à margem de uma sociedade  branca, patriarcal e excludente.

Realidade brasileira: diversidade de estratégias

No Brasil existe hoje uma diversidade de estratégias e resultados tanto nos aspectos extremamente positivos que podem ser elencados quanto nos negativos com os casos de racismo extremos. As ações desenvolvidas pelas instituições considero de alguma forma um caminho mesmo que curto de lutas e de combate às opressões e para o agenciamento de invisibilidades e apagamentos da comunidade negra. Além disso, é importante destacar o protagonismo negro feminino no desenvolvimento de uma curadoria da perspectiva das mulheres negras, refletindo então sobre a intersecção entre as questões e noções de gênero.

Em 2011 a Caixa Econômica Federal, em comemoração aos seus 150 anos, produziu um comercial onde Machado de Assis é interpretado por um ator branco e somente após a reação do movimento negro o comercial foi suspenso e retornou com um ator negro interpretando o escritor. É possível observar que, mesmo em um país majoritariamente negro, obras e formas de arte produzidas por pessoas brancas são mais valorizadas pela sociedade, a exemplo de Machado de Assis que sendo negro passou por processo de embranquecimento ao longo da história, embranquecimento este que ocorreu pela omissão da informação de quais suas características e pela alteração de algumas de suas fotos, isto oferecendo benefícios simbólicos de estar mais próximo do ideal branco  e torná-lo mais palatável aos olhos da sociedade.

Mesmo percebendo a qualidade da obra machadiana há um embranquecimento de sua imagem, visto que apenas a qualidade da obra não é o suficiente para afirmá-lo como um bom escritor, é preciso omitir ele era negro e alterar as fotografias.

Dessa forma, discutir a importância do discurso no que se refere à busca por representações e representatividade é importante para o processo de construção e afirmação da identidade de indivíduos negros e negras e o reconhecimento da história e cultura negra como patrimônio do país.

Carregados de resistências esses corpos deslocam-se para um lugar de fala voz e protesto, quando esse espaço de fala é dado. O lugar agora é de contestação de espaços, e a utilização desse corpo como suporte por artistas negros, significa reutilizá-los em forma de protesto, para propor uma nova poética sobre as opressões raciais e de gênero que historicamente foram acometidas aos corpos negros. Sendo, contradiscursos, estratégias e novas narrativas importantes como uma forma de reivindicação de uma re-existência na sociedade.

Desse modo, instituições brasileiras começaram a incluir em suas programações a temática racial nas artes, como a Pinacoteca do Estado, uma das instituições mais importantes do Brasil, apresentou com a exposição ‘’Territórios: Artistas Afrodescendentes no Acervo da Pinacoteca” (2016), com curadoria de Tadeu Chiarelli, diretor geral da Pinacoteca. A exposição pretendeu dar visibilidade a coleção de obras do acervo museológico de artistas negros e ao mesmo tempo em que valorizar o legado destes artistas. A exposição do Itaú 30 anos (2016), com curadoria do Paulo Herkenhoff, trata do assunto, e a mostra Diálogos Ausentes (2017) que teve duas mulheres negras na curadoria Rosana Paulino e Diane Lima, tocam no tema. Essas iniciativas são importantes e vêm marcando uma nova compreensão de uma realidade historicamente invisibilizada na arte, a presença de artistas afrodescendentes, demonstrando uma visibilidade brasileira dos museus pela temática relacionada à população negra. 

Realidade Goiana: EXPOSIÇÃO PRETO CORES

A exposição Preto Cores - 10 anos de trajetória do artista negro grafiteiro Decy que esteve em cartaz na Vila Cultural Cora Coralina até dia 31 de maio de 2019, apresentou ao público atividades formativas que foram oferecidas de forma gratuita, sendo, 8 semanas de atividades constantes para todos os tipos de públicos.

Dentre as atividades foi oferecido o Minicurso O "lugar" do negrx no circuito de arte: uma visão interpelativa, na qual Samarone Nunes, Mestre em Antropologia Social, Museólogo, Artista Visual e Conservador/Restaurador ministrou, o minicurso teve como objetivo ampliar a percepção sobre sistema de arte: circuitos, motivações, exposições, vinculados com o sistema maior económico, nacional e mundial. Além disso, Samarone também apresentou a forma como há implicações para inserção de produtores e produtos de arte negrxs, e que é necessário compreender de onde vem as tensões, representações e identidades. Apresentou do conceito de “lugar” manejado pela filósofa e Antropóloga Lélia Gonzalez e a aplicabilidade ao conceito de exposição para apropriação do “espaço interdito” axs negrxs produtorxs de arte e a promoção de representações positivas em espaços museais dxs produtorxs e produtos de arte negrxs.

Desenvolvemos ainda junto às escolas duas oficinas em parceria com o Coletivo Rosa Parks e a Anistia internacional, foram ações que discutiram identidades e representatividade com o uso de um material educativo o  QuilomBOX.

Já a oficina "O Corpo que Grita: do epistemicídio, invisibilidade à contra-narrativas", desenvolvida por mim, enquanto arte-educadora e curadora da exposição Preto Cores, compreendo que dada à história da representação do negro na sociedade, a oficina propôs uma reflexão sobre a os modos de representação nos museus e na arte abordando a questão do feminino negro, seguimos para uma discussão através do uso de imagens e documentários, pensando nos modos como os sistemas representacionais e as práticas compartilhadas constroem caminhos possíveis para novas narrativas sobre as mulheres negras.

Essa série de atividades fez parte da programação do Educativo da Exposição Preto Cores, e propôs a utilização do espaço da Galeria em pro e para a população que certamente estão à margem da sociedade, reforçando a interação e diálogos com a sociedade, sobretudo da juventude negra e periférica através das atividades educativas.

Propor um Programa Público pensado para o contexto da exposição Preto Cores, oportunizou discussões, reflexões e vivências relacionadas às chaves temáticas nela presentes, possibilitou ampliar o evento em diálogo com o que vem sendo realizado em instituições museológicas culturais e artísticas nacionais e internacionais, que compreendem ser o Educativo um setor fundamental e imprescindível para repensar as relações das instituições com os seus públicos e criar outras formas de ocupação que contemplem demandas sociais historicamente negligenciadas.

 

logocrp5ª Ação/Oficina: OLHAR E SER VISTO: A produção autoral de Decy como espelho da representatividade negra.

Oficineira: Stéphanie Karoline - Local: ESCOLA ESTADUAL PEDRO GOMES DE MENEZES - Professora Priscila Pinheiro.

Atividade: O exercício reflexivo é discutir qual seria o papel da representatividade e da produção da arte na obra do artista negro Decy com jovens através ‘de imagens, vídeos e diálogo.

Assunto trabalhado: O racismo estético, a autoimagem (como se veem) e representatividade.

Objetivo da proposta: Fazer com que jovens através do entendimento das estruturas sociais construídas a partir do racismo, entendam a importância da representatividade, consigam construir sua autoestima e ter uma consciência racial que os permitam identificar onde os afeta, como afeta e como afeta o outro e como eles podem ajudar a mudar isso.

Procedimentos: O grupo de alunos foi recepcionado por uma funcionária da instituição, depois seguiram para uma visita livre na galeria da Vila Cultural Cora Coralina. Em seguida, foram direcionados à sala de vídeo onde introduzi com a pergunta se eles sabem por que o Brasil é um país com tanto racismo. Então, contei sobre como não se trata apenas do processo escravocrata, mas de toda a construção feita durante e pós ele no imaginário social, até durante o movimento de eugenia. Conversei através de imagens e diálogo sobre como a publicidade, os teatros e toda a arte brasileira performaram um racismo nítido com um ideal de beleza baseado no europeu, conseguindo que o negro brasileiro reproduzisse o racismo de forma dolorosa. Transformou as características da população negra em um motivo de piada que faz com que tantos de nós odiemos várias características como boca, nariz, cabelo e a cor. Então promovi uma brincadeira com um slide de fotos de personalidades negras conhecidas, de vários âmbitos, perguntei se conheciam, depois perguntei de outras figuras que talvez eles pudessem conhecer. E a partir dessa análise vamos chamar Decy e debater com eles sobre representatividade negra na mídia e sobre como a representatividade afetou Decy na construção de sua arte, como ele vê a falta de representação na sua vida e como ele quis trazer isso pra sua arte, suas inspirações. Então abriremos para perguntas, dos jovens para Decy sobre as artes e faremos os encaminharemos a um novo tour, onde no fim dele questionei aos jovens se eles se percebem ou percebem a arte de maneira diferente após todas as atividades propostas, assim finalizando as atividades.

Etapa 1 - Galeria - Visita livre pela galeria.
Etapa 2 - Sala de Vídeo - Exposição audiovisual sobre a história da construção do racismo estético no Brasil por meio de slides, imagens e vídeo.
Etapa 3 - Hall - Atividades de auto retrato com folhas e lápis - Roda de conversa sobre representatividade na mídia com Decy.
Etapa 4- Galeria - Segunda visita pela galeria com objetivo de verificar junto aos alunos quais foram os seus olhares sobre a arte, a partir do debate e atividades promovidas.

Conclusão: Apesar de ter nos planos outras partes como desenho e conversa com Decy, o nosso tempo foi limitado a muito menos do que o esperado, porém não diminuiu o alcance da atividade. Os alunos ficaram extremamente atentos ao que era dito, além de terem feito perguntas e terem participado ativamente principalmente na etapa de identificação de figuras públicas, onde alguns se irritaram por não conhecer muitos artistas e profissionais negros, uma ou duas sabia na ponta da língua e outros se aventuraram a tentar. Ficaram surpresos com o que era dito sobre eugenia, apesar do meu medo de eles serem muito novos para entenderem, ou achar que talvez fosse um assunto muito pesado, eles fizeram o ser de forma leve. Reconheceram pessoas, se indignaram com as antigas propagandas e se sentiram à vontade entre as obras de Decy. Cantaram olhos coloridos e se divertiram, uma menina em específico passou a mão nos cabelos durante a música e sorrio, não sei o que pensava, mas espero que algo que a tenha feito se sentir bem. Fizeram críticas sociais durante as atividades, conversaram sobre grafite, arte de rua e exploraram ao máximo o que a atividade tinha. No fim ainda pude ouvir “tia, você é linda”, representatividade importa.